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✈ Maldivas

  • Sisses
  • 16 de dez. de 2020
  • 9 min de leitura

Atualizado: 19 de dez. de 2020

O destino que não tem nada de 'Mal' nem sequer é só para 'divas'

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Diga lá se já não desejou ir às Maldivas... quem nunca?!

Diga lá se já não invejou profundamente os instagrams horríveis daquelas divas penduradas nas camas de rede, naquele mar azul? Elas lá e eu aqui de carapins, é que ninguém merece!

Pois é, também eu sonhava com este destino como se fosse algo inatingível, até ao dia em que pus um ponto final no meu sonho e decidi torná-lo realidade sem ter que me endividar para o resto da vida.

“É possível viajar para a terra das 'divas' a baixo custo”

Como assim? Indo para ilhas habitadas. Sim, há pessoas que vivem nas Maldivas, as Maldivas não é só resorts fabulosos. Este tipo de turismo ainda não é muito divulgado, porque só muito recentemente é que governo possibilitou à comunidade local a construção de guest houses nas ilhas habitadas, sendo que até então o turismo era apenas possível nos resorts existentes em ilhas privadas.


A questão é, como é que se escolhe entre 1200 ilhas? Eliminamos já 1000 da lista, sendo que só cerca de 200 é que são habitadas. E destas 200? Ora... tive que ler muito da pouca informação que existe, fazer um excel e escolher pelas praias que me pareceram mais paradisíacas e as que são alcançáveis por ferry local, o autocarro lá do sítio. Estes ferries só fazem percursos entre ilhas habitadas, não vão a resorts.


Então e depois do estudo, percebendo que havia turismo alternativo aos resorts e sendo um destino altamente seguro, comprei a passagem aérea na Emirates e marquei os hoteis nas ilhas eleitas. Foram 9 noites distribuídas por 3 ilhas, 3 noites em cada, passando muitas vezes por Malé para conseguir viajar entre ilhas.


3, 2, 1... Let's go!

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Informação resumida


Maafushi

considerada como a mais turística das Maldivas

Porquê? Apesar das opiniões controversas e apesar de não gostar de lugares demasiado povoados foi aqui que iniciei a minha viagem. As vantagens são, a facilidade de chegar e sair da ilha a baixo custo e a variedade de excursões existentes. A praia para os turistas, as denominadas como bikini beach, também é bastante boa e tem aquele imenso marzão, sendo que apenas numa manhã consegui ficar torradinha da cabeça aos pés, pelo menos ficou uniforme.


Em Maafushi, há ferries locais para Malé que saem todos os dias e também para as ilhas circundantes, como por exemplo Gulhi, que fica a 20 minutos, o que quer dizer que pode ir às outras ilhas por 2 e 3$, algo irrisório comparativamente aos preços praticados pelos speed boats, além que estes ferries têm a particularidade de se poder viajar na parte de cima, proporcionando uma bela de uma viagem.


Maafushi é bastante propícia para fazer excursões de todo o género, tais como a prática de mergulho, nadar com tubarões, mantas, passar o dia num banco de areia (sand bank), paddle ou visitas a resorts a preços muito em conta, toda a gente quer ir a um resort, claro, fui, gostei, poderia ter ido a outros resorts, mas um dia para mim foi suficiente.

Em outras ilhas onde estive as excursões eram um estouro para a carteira.

Conheci pessoas bem abastadas até que se instalavam nesta ilha e cada dia faziam uma excursão diferente, nada mal pensado.

Segue uma mostra para aguçar o apetite, veja o vídeo by Luis Miguel Sira


3 Liyela Retreat Maldives (há várias opções mais em conta, na altura este era o mais caro)

Arena Beach Hotel onde jantei grande parte das noites, com regime buffet de 12$, existem vários restaurantes com este sistema, mas este é privilegiado por ser na praia e ter sempre musica ao vivo, a única animação que vi nesta ilha.

Floating Bar Esta animação fica num barco em alto mar.

Uma embarcação mais pequena vem buscar os clientes à costa e lá vamos nós ouvir um regaetton e beber uma cerveja em lata a alto preço (aqui ja é permitido beber).

Sendo que é um barco que está atracado no mar, a sensação de náusea é um bocado permanente, mas nada como experimentar, até para ver daqui o por do sol. Vale pela experiência.

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Não deixar de visitar um Resort!

Como não optei por este tipo de turismo, quis obviamente experimentar a sensação de passar um dia num resort e claro, matar a sede, porque num lugar tão quente e húmido, não ter acesso a uma cerveja é doloroso, obviamente que o cenário envolvente compensa a desidratação 😁

Então, o dia no resort é para aproveitar tudo a que temos direito, BEBER muito (há pessoas que já não saem pelo seu próprio pé, sendo que a viagem de retorno no speed boat é bastante comica), comer, usufruir das canoas, paddle, piscinas, sunbeds, apenas não inclui a dormida. A hora de saída que tem que ser cumprida, claro, porque o barco não espera. Paguei 120$, que é o valor que se costuma pagar só em transporte para os resorts, valor mínimo, já para não falar da diária e apenas com pequeno almoço, enfim, uma exorbitancia. Havia opções mais baratas para visitar resorts.

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Ukulhas

a ilha ecológica, amiga do ambiente

localizada no Alif Alif Atoll, com cerca de 1000 habitantes, fica a 70km de Malé, tem 1025m de comprimento e 225m de largura.


como sou uma pessoa mesmo fixe, quando cheguei o dono fez-me um upgrade à sua suite novinha em folha com jacuzzi privado, fazendo de mim a cobaia para testar as funcionalidades... que abusooo! 😂 (3 noites = 107€ p/ pessoa + PA)


Apanhei um ferry local de Maasfushi para Malé, sendo que em Malé tinha um speedboat à minha espera que já tinha marcado com o hotel, 50$.

O regresso a Malé foi num ferry local por 3$.


E é só isto... que dizer? Apenas nada, é só contemplar, apesar de, ser muito melhor ao vivo.

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Uma pessoa quase se sente um Tarzan nesta imensidão
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Aqui ninguém passava fome e alguém arranjou uma sombra
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Fulidhoo

a ilha mais pequena onde estive, toda ela de areia onde se circula apenas a pé

Esta ilha é tão pequena que existem ruas que conseguimos ver o mar à direita e à esquerda, dando a sensação que as pessoas moram não numa ilha mas num banco de areia.

Como tal, está a desaparecer com a subida do mar, sendo que apenas a bikini beach tem areal.


um hotel amoroso com chão de areia gerenciado por 4 irmãos, sendo que um deles é um excelente cozinheiro, onde fizemos quase todas as refeições, porque nesta ilha os restaurantes contam-se pelos dedos de uma mão.

Só tinha marcado duas noites, deixando a ultima noite em aberto para decidir no terreno o que fazer, acabei por ficar mais uma noite neste hotel (3 noites = 85€ p/ pessoa + PA).


Cheguei a Fulidhoo de speedboat saindo de Malé, por 40$ e regressei no ferry local que demorou cerca de 4h e custou 4$.

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O inusitado

  • Andar de ferry local, como se de um cruzeiro se tratasse

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  • Dar uma caminhada à beira mar e passado uns minutos perceber que... cheguei ao mesmo sítio!🤣 nestas ilhas tem que se andar em zigzag para conseguir acumular meia duzia de kms

  • as aulas de ginastica das mulheres, sempre à noite, num lugar da praia pouco iluminado

  • Ter que me descalçar para entrar numa loja, apesar dos locais dizerem que não havia problema, quando saía custava-me vê-los a limpar a areia que levei... tá certo, entendi!

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O que ouvi


A natureza! Sendo dos lugares mais calmos por onde turistei, o silencio impera.

É impressionante como se consegue ouvir todo o tipo de bicheza, um peixe que salta, uma garça que sobrevoa, um baby shark efusivo, os morcegos e é apenas isto, nem o mar se ouve.

Apesar de todos falarem Inglês, seguem algumas palavras

  • Assalaam Alaikum (saudação)

  • Dhanee (Adeus)

  • Sim/Não - Aann/Noon


O inóspito


A sensação clautrofobica que tive ao sobrevoar as Maldivas, apesar da vista ser para lá de deslumbrante, fiquei com aquela sensação estranha de como é que se vive num pedaço de areia rodeado de tanto mar.

Depois de lá estar a sensação que tive foi a de viver com acesso grátis a uma piscina infinita.

Obrigatório um lugar à janela, o espetaculo é imperdível.

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Após a aterragem, o trajeto que fiz à noite e com inicio de tempestade, num speed ferry cheio de locais que regressavam a casa de Malé para Maafushi.

Posso dizer que navegar com turbulencia numa embarcação no meio do escuro onde nem os telemoveis podiamos ligar por causa da luz (sei lá porque), até para mim que sou para o aventureiro, a certa altura criou-me algum receio e ansiedade, os 30 minutos nunca mais passavam.


O que não esqueci


As pessoas vivem numa paz de alma impressionante, não falo de Malé onde ficou concentrada toda a agitação, mas sim nas ilhas habitadas.


Onde não fui


🌊 Ilhas para surf

Sim, é possível fazer férias de surf nas Maldivas.

Do que li e as que são bastante conhecidas são Thulusdhoo e Himmafushi. Como ficam no mesmo Atol e perto uma da outra, será fácil conciliar estas ilhas na mesma viagem, sendo que por certo haverá o ferry local.

Aqui também é bom lugar para fazer excursões a baixo preço, veja no site abaixo.


🧜‍♂️ Thoddoo e Rasdhoo

Tive conhecimento destas ilhas através de uns portugueses que conheci no aeroporto e que estavam a viajar no mesmo registo que eu, também estavam deliciados.

Thoddoo, conhecida pela sua grande plantação de frutas, a ilha tem cerca de 2 km de comprimento e 1 km de largura. Um terço da ilha é reservado para quintas, outro terço é a aldeia e o resto é a selva. A população da ilha é de cerca de 1400 pessoas. Thoddoo é considerada um dos maiores produtores de produtos agrícolas do país.

Rasdhoo e Kuramathi (daqui existe ferry publico para Ukulhas, umas das ilhas onde estive)


🏝 Hulhumale

Como Malé está lotado, foi criada uma ilha artificial, sendo esta ilha mais moderna e agradável até para aproveitar uma praia, ficando mesmo ao lado do aeroporto.

Não cheguei a visitar, mas conheci alguns australianos que me falaram bem da ilha.


Informação séria


Bikini Beach - quando se vai para ilhas habitadas ter especial atenção à placa Bikini Beach, que é a que indica onde é permitido fazer praia, querendo dizer, andar desnudo, em pelota.

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Como sair do aeroporto para Malé (e entrar)

O aeroporto fica numa ilha claro, que é separada de Malé. Então para sair da ilha existe um ferry local a cada 20 minutos para a capital, que é o quê, não mais que outra ilha! Paguei 1$. Também existe uma ponte com autocarros, mas penso que o ferry é mais rapido e barato.

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A chegar à pista, com Malé à vista... não sei como não afunda!
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Em Malé - A pessoa em transito

Como sair de Malé para as ilhas habitadas (e chegar)

De speedboat - Os terminais de speedboats ficam muito perto do terminal do ferry do aeroporto, sendo denominados como Jetty Number 1, 2 e por aí em diante (assinalado a amarelo no mapa abaixo).

Quando se faz reserva de um speedboat vem sempre escrito para qual Jetty se deve dirigir, claro que da minha experiência o Jetty nunca era o referenciado no email, também por vezes pela falta de espaço para atracar, mas é só perguntar às pessoas dos barcos que eles indicam ou então é estar atento ao nome dos barcos.

Convém programar os speedboats com antecedência, aqui só se anda de barcola, logo convem assegurar o lugar, há muitos turistas e os próprios locais, comprei tudo pela net na na iCom Tours, funciona direitinho. Enviam email com a confirmação, que também serve de bilhete e vem com as intruções e horarios de partida, seja desde o Aeroporto ou de Malé. Os próprios hoteis também podem tratar dos speedboats, mas já se sabe que por vezes pode ficar um bocado mais caro.


De ferry local - os horários são mais restritos, então chegando cedo a Malé, dá para apanhar um ferry. Atenção que o terminal dos ferries locais (Villingili Ferry Terminal) fica do outro lado da ilha do local de chegada do Airport Ferry.

Como chegar lá? Ou de táxi tendo em conta o confuso transito ou a pé, que foram as minhas opções das várias vezes que passei por Malé. Pessoal, a ilha tem cerca de 2kms! Assinalei a amarelo os percursos mais simples que fiz, havendo também a possibilidade de se perder lá pelo meio havendo tempo. Mesmo que se sinta perdido, não há como enganar, vai sempre chegar ao outro lado da ilha num curto espaço de tempo.

Isto funciona quer para sair como para chegar a Malé por ferry local.

É muito simples, embora pareça um caos quando se está em Malé, mas é só pensar que quando entrar no ferry, vai chegar ao paraíso.

Atenção que os local ferries apenas fazem conexão com ilhas habitadas, não vão a resorts.

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Como circular Nas Maldivas só se circula por meios aquáticos e nas ilhas, de mota, ou mesmo a pé (excetuando na capital). Não vou entrar no tema transfers aéreos porque isto é um artigo para pobre 😆

Moeda Preferencialmente $ dólares, mas também usei € euros, em alguns casos recebemos troco, noutros fazem ao mesmo valor que o dólar. Como é um destino altamente seguro convém andar sempre com bastante dinheiro porque as comunicações por vezes não funcionam e não há multibanco ao virar da esquina, em ilhas com pouco mais de 1 km de extensão percebe-se porquê. Troquei algum para a moeda local, Rufiyaa, mas não vale a pena.

Religião 100% Islâmico, como tal, descrição no modo de vestir, isto claro, para quem não fizer turismo de resort.

Álcool não é permita a venda, como tal, não há para consumir, apenas nos resorts.

Visto Não há.

Boletim de Vacinas levei mas não pediram.

Como fui voo pela Emirates, Porto-Dubai (7h), Dubai-Maldivas (4h) e regresso, 785,56€. Aproveitei para fazer um stopover (escala longa) no Dubai de 4 noites, já que queria conhecer, juntei 2 viagens numa, não pagando mais por isso.

Quem pode ir só o cão é que não pode ir, acho, pelo menos deverá ser muito difícil. Destino ideal para ir com crianças, por ser pequeno e seguro. Para quem quer relaxar a fazer boa praia. Para quem adora atividades aquaticas.

Onde ficar alojamento há para todos os orçamentos dentro do lowcost, e como as ilhas são tão minusculas, os alojamentos são todos bem localizados 😂

Compras Comprei umas sandálias por 10$ porque não aguentava com o calor

Quando fui final de Outubro, inicio de Novembro 2019, naquele limbo de alteração de estação. Melhor altura de Dezembro a Abril, que é supostamente a estação seca, mas como hoje em dia nada é certo, não deixe de ir se tiver condicionado em tirar ferias.

Eletricidade 240 volts

O meu percurso Aeroporto/Malé - Maafushi - Malé - Ukulhas - Malé - Fulidhoo - Malé

Assinalei no mapa Thulusdhoo, a ilha para a pratica de surf, bem perto do aeroporto.

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"There are two blessings which many people do not make the most of and thus lose out: good health and free time."

The Messenger of Allah

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Sou a Sílvia, adoro planear viagens e eternizá-las com as minhas fotos.

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