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✈ Zanzibar

  • Sisses
  • 7 de out. de 2020
  • 7 min de leitura

Um paraíso na Tanzânia.

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Esta foi uma viagem que sempre tive no meu imaginário e que concretizei em modo bem económico, por estranho que possa parecer.

“A terra onde o mar desaparece”

Foram duas semanas a viajar por esta ilha, que não é tão pequena quanto parece, que nos delicia pelas suas praias bastante peculiares e com um mar incrível, que nem sempre está presente, é...


Informação resumida

Stone Town

A capital das famosas portas e onde nasceu Freddie Mercury.

O interessante é perdermo-nos pelas ruelas, mercados e afins, sem medos, respeitando sempre os costumes, claro.

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1 Dhow Palace Hotel Simplesmente lindo. Cheguei de madrugada e disponibilizaram logo um quarto para descansar.

Zanzibar Coffee House Para tomar café e não só

Emerson Spice, Secret Garden Fui almoçar, adorei!

6 Degrees South Para jantar, beber um copo, tem ao lado o bar mais badalado


Em Stone Town aproveitei para fazer uma pintura de Henna.

"The word Henna has its origin in the Arabic word Al-Hinna.

Traditionally, Swahilis perform henna painting for brides and married woman only."

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Jambiani

Esta é a zona menos turística, talvez motivado pelo fenómeno realmente surpreendente, o desaparecimento do mar...

Sim, efetivamente o mar recua de tal forma que se deixa de ver, mas ele volta. Apesar de adorar o mar, a paisagem que fica é realmente deslumbrante, identica a uma paisagem lunar. Enquanto ele está desaparecido, os barcos ficam encalhados, mas não falta trabalho às mulheres que se perdem de vista e que se dedicam às suas culturas de algas.

E o que se faz quando não há mar? Anda-se de bicicleta!


3 Fun Beach Resort Fabuloso, o melhor desta zona, quando fui estava novinho em folha, ótimo restaurante

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Na minha estadia em Jambiani aproveitei para fazer um passeio de Dhow a umas ilhas.

Não se assustem com o aspeto fragil destes veleiros que mais parecem um amontoado de paus e cordas!

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Paje

o paraíso dos Kitesurfs e não só, eu adorei, muito frequentado por desportistas, existem bons restaurantes e animação noturna.

Fazer praia é bastante peculiar, porque o interessante é esperar pela subida do mar e ir aproveitando os bancos de areia com aquela água dos deuses.

A sensação é a de estar no céu, pelo menos penso que seja essa a sensação.


3 Paje by night bastante central, perto de tudo

B4Beach Club beach club ao ar livre para comer, beber e onde acontecem festas noturnas.

Africana's BBQ restaurante local com comida africana, foi o meu eleito para jantar, barato, bom e tradicional, a não perder mesmo, o lugar pode causar algum receio, mas sem medos, hakuna matata.

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Nungwi

zona altamente turística, restaurantes, sendo muito animado, havendo todos os dias uma festa, basta perguntar onde, por norma, num bar ou restaurante perto de si.

Aqui o mar já não desaparece mas quando a maré sobe há zonas de praia que não são caminháveis, a solução é usar os hotéis como passagem, apanhar boleia numa barcola por um preço simbólico ou simplesmente ir a nado.


Badolina Restaurant Não posso deixar de fazer referência a um excelente restaurante onde fui muito feliz com dono israelita, belos repastos ali aconteceram, Hummus e Shakshuka a rodos, o paraíso dos vegetarianos e não só.

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O momento em que a maré sobe e os Dhow's vão para o mar, como que se de um bailado se tratasse
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Kendwa

muito perto de Nungwi, nova zona turística em crescimento

Aqui é onde acontece a tão famosa Full Moon Party no Kendwa Rocks Consegue-se ir a Kendwa numa caminhada pela praia desde Nungwi, atenção às marés, são muito 'tricky' já sabem.


2 Natural Kendwa Villa Quartos gigantes e lindos, não fica na linha de praia, mas tem passagem pelo Kendwa Rocks

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O inusitado

  • Aventurar-se no meio de transporte local, o Dala Dala, fui de Nungwi a Stone Town e voltei, sobrevivi, mas prepare-se para o aperto, um lugar sentado dá para 2 ou 3.

  • O convívio com o povo local e os peculiares Maasai com as suas vacas na praia

  • Navegar num Dhow

  • Habituar-se a andar de lanterna de noite, iluminação é pouca ou inexistente, dando-nos a sensação de estarmos realmente isolados no paraíso, a estrada é picada, está tudo de origem. Embora que, as estradas que atravessam a ilha estão em muito bom estado.

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O que ouvi

  • Muzungu (Branco, aquilo que os locais nos chamam)

  • Pole Pole (devagar, sempre devagar)

  • Karibu (Bem-vindo)

  • Asante sana (Muito obrigado)

  • Jambo (saudação, tipo Olá)

  • Hakuna Matata (sem problema) não, não foi a Disney que inventou o termo

Jambo Bwana uma espécie de hino daquelas bandas, bem que me tentaram ensinar



"Taarab Music of Zanzibar - The word Taarab is of Arabic origin and comes from the word Tariba which means to be moved, agited or to make music"


O inóspito


A rivalidade e descriminação existente entre o povo local e as tribo Maasai que se deslocam sazonalmente da Tanzânia a Zanzibar para trabalhar no turismo.

Apesar deste povo ser completamente inofensivo, são sempre vistos como uma ameaça, por andarem com as suas armas de caça e defesa, armas estas que são autorizadas pelo governo local.

O que não esqueci


O convívio com o povo Maasai.

Num mundo tecnológico e tão desenvolvido em que vivemos, é surreal falar com este povo e perceber como ainda conseguem viver num estado tão puro, como habitam, os hábitos alimentares, eles não sabem o que é uma couve! A necessidade de caçar para comer, recorrer à natureza para curar maleitas, a ligação forte que têm com os seus familiares, as suas capacidades físicas no que concerne à sua resistência, a capacidade que têm de caminhar horas a fio, as poucas horas que precisam de dormir, o estado alerta em que vivem constantemente para proteger as suas casas dos animais selvagens, fazendo com que muitos deles ganhem a vida como vigias destes resorts.

Algo peculiar que me ia apercebendo dos membros mais velhos era que não tinham um dente do meio no maxiliar inferior, perguntei o porquê, explicaram-me que era prevenção para o caso de ficarem doentes e sem conseguir comer, seriam alimentados por ali.

Sem dúvida uma experiência única e algo cansativa, porque estes Maasai além de terem muita necessidade de comunicar, acabam também por nos querer proteger, acompanhando-nos para todo o lado, e claro, não há nada que canse este povo ;)

Além que é uma excelente oportunidade de conviver diariamente com este povo, sem ter que fazer um safari organizado à Tanzânia, onde também não existe esta flexibilidade.

Engraçado que estes homens de porte elegante e esguio, dizem que parecemos vacas a andar, querendo dizer, cabisbaixos.

E ensinar os Maasai a jogar matrecos? Algo indescritível, eles viam, mas não percebiam, tambem ninguém explicava, o importante é tirar a bela da foto e virar costas. Quando lhes ensinei, posso dizer que passei horas muito divertidas e altamente extenuantes, de pingar água!

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Então e as mulheres? Por norma são os homens que se poem a caminho para Zanzibar, onde passam longos meses, especialmente na época alta. As mulheres que também vão, passam o dia a trabalhar no seu ganha pão que é criação de colares e pulseiras... hmmm, não quero pertencer à tribo não!

Contrariamente aos homens que se adornam da cabeça aos pés e de acordo com o estatuto 'tribal', as mulheres são muito discretas, usando inclusivamente o cabelo rapado. Como tal, um cabelo que saia desta configuração, suscita enorme curiosidade a estes machos, com grande vontade de tocar e apreciar (ora, bastante diferente do mundo evoluido não é verdade?), como tal, eu e a minha graciosa juba já eramos conhecidos como a Simba.

Estou quase em modo crónica, eu sei, continuando e tentado finalizar prometo...


Então, fiquei tão fascinada com esta diferença cultural que no meu regresso encontrei um livro que relata uma linda história de amor entre uma turista Suiça e um guerreiro Maasai. Esta mulher simplesmente abdicou de todo o seu luxo, ah isto inclui o noivo e foi viver três anos para a tribo. Agora imaginem-se a viver numa manyatta, casa construída com bosta de vaca, com toda a familia lá dentro, onde não se consegue estar de pé dentro da casa e se durante a noite houver uma vontade de um xixizinho, o melhor é apertar, não vá ser comida por um leão. Incrível não?

O livro, Casei com um Massai, é demasiado descritivo e até angustiante, ao constatar a regressão na vida desta mulher que lutou pelo seu amor, entenda-se, à primeira vista e pela sua própria sobrevivencia.

Encontrei o filme no youtube, uma versão bastante mais simplicada que recomendo vivamente a ver.


Esta é uma história de amor real que não vingou pela barreira cultural vincada mas que perdurou no tempo, já que esta mulher acabou por fugir com uma filha no colo, nunca deixando de amar o seu guerreiro e apoiar financeiramente. Penso que a filha deu continuidade a esta linda saga.

E assim acabo em modo lamecha, às vezes acontece-me.


Onde não fui


A imagem classica de Zanzibar é o seu famoso restaurante The Rock e a sua icónica localização no mar, que dependendo das marés terá ou não que ir de barco. Eu tentei ir lá a pé desde Paje, daquelas minhas ideias loucas, mas quando ia a 2h de caminhada debaixo de um tórrido sol e me disseram que teria mais 1h de viagem, acabei por achar que, já que não ia lá para comer, também não valia o esforço de uma foto. Voltei para trás, mais 2h de caminho claro está.


Para quem é mais de turismo fechado em Resort, existe na costa leste uma grande variedade, zona esta muito frequentada por italianos. Pelo que ouvi dizer também tem belas praias, aqui ficam as referências, Matemwe, Pongwe, Kiwengwa.

Informação séria


Como circular - Preferencialmente de taxi. Fiquei com o contacto de um taxista muito simpático que me levava sempre que precisava fazer longas distancias, comunicavamos por WhatsApp para combinar local e preço, nunca me deixou ficar mal, mesmo no dia de me levar ao aeroporto onde fizemos uma longa viagem de madrugada. Não recomendo alugar carro, por causa das multas de velocidade, não há sinalização, logo arrisca-se a pagar mais que o taxi.

Moeda - Usei dólares e também euros, money is money, mas o conveniente e para não perder dinheiro é trocar pela moeda local, eu costumo sacar direto de uma caixa multibanco. Nesta ilha, convém andar bem abastecido de dinheiro vivo, porque não existe um multibanco ao virar da esquina

Religião predominante muçulmana, existindo alguns cristãos, como tal, a descrição na roupa é sempre bem vinda, sendo mais flexível nas zonas hoteleiras

Língua - Suaíli mais um dialeto por cada tribo maasai. Falam inglês, os que falam.

Visto - Paga-se no momento de controlo do passaporte (penso que deixou de existir)

Boletim de Vacinas - levei mas não pediram

Como fui - voo direto Milão - Zanzibar pela Ali Itália, ida e volta 487€.

O voo Porto-Milão, aquela solução básica de vasculhar na net o voo low cost mais barato.

Quem pode ir - eu diria que todaaa a gente, adequado para famílias, amigos, casais, turistas solitários, vi muitos e muitas.

Onde ficar - dependendo do tipo de férias que se quer fazer, alojamento há para todos os orçamentos

Compras - muitos panos, difícil é escolher e como tal há toda uma variedade de mochilas e bolsas. Também é bom para pratas. As lindas pulseiras e colares dos Maasai.

Quando fui - Final de Setembro e inicio de Outubro 2018

Electricidade - o carregador universal anda comigo para todo o lado

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Sou a Sílvia, adoro planear viagens e eternizá-las com as minhas fotos.

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